sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Dança das nuvens

amelie
Suspensas no infinito elas dançam
(sua dança)
seu movimento nos parece estático, o tempo é outro, outra velocidade, outras cores...
Parece que fogem de nós. Soberanas!
Se refazem no espaço em sua dança, e quase não percebemos.
Suas formas, luzes coloridas.
Várias...
O que vejo lá?
Suas formas me refletem. Me expressam lá do alto.
Cá de baixo me vejo.
Veloz.
Curvas.
Chegamos.
E a dança continua...


Ontem, indo para o casamento de uma grande amiga em uma cidade do interior... Não gosto muito de casamentos, mas valeu a pena vê-la tão linda, radiante, feliz! No caminho de volta para casa uma brincadeira para não dormir no volante – apesar de que fui assegurada que em todos os hotéis do caminho, desde Cruzeta até Bom Jesus, tinham o colchão Ônix, eu queria chegar em casa logo! A brincadeira, falar num impulso cinco coisas que adora e cinco coisas que detesta. Depois lembrar da seqüência do outro.
Adoro:
1º Beijar na boca
2º Boa música
3ºBoa leitura
4ªDançar
5ºCachorro (eu tinha dito antes chpar o dedo, mas eu prefiro agarrar cachorro e sentir o cheirinho de pêlo molhado de cachorro e ver a alegria no balançar do rabo, com língua de fora e um latido agudo que fala mais que mil palavras...)
Detesto:
1º Ficar sozinha
2º Ficar doente
3º Vitamina (tipo suco com leite)
4º Situação em que me impõem algo
5º Natal (a cidade). Depois lembrei que tem outra coisa que eu detesto, mais que Natal, mas realmente não posso postar isso aqui... então deixa assim mesmo...
Cheguei em casa quase cinco da manhã, a noite toda na estrada... uma chuva linda, me abençoou pela madrugada... As gotas pareciam girar no céu... (- Como um portal...)
Eu esqueci! Eu adoro viajar!!!

;)

M.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Um anjo terrível

linguagem_vida
“Porque a humanidade não quer pagar o preço de viver, de entrar neste conflito natural das forças que compõem a realidade para extrair daí um corpo que nenhuma tempestade poderá danificar.
Ela preferiu sempre contentar-se em simplesmente existir".

Antonin Artaud

sábado, 24 de janeiro de 2009

Posso... eu sei...

Maisy Medeiros - 2003 (Acrilico sobre tela)

Porque quando eu danço é o corpo todo que se move, espírito impregnado na carne, som que extrapola os limites dos poros... luzes que dançam e fazem dançar os olhos, as cores... cheiros diversos (de versos) de aqui, de ontem... de tanto tempo atrás...
Show do Mundo Livre S/A, eu estava passando para o banheiro, um cara segurou minha mão e disse: “quer passar?”, eu nem respondi, olhei séria (às vezes fico séria), e ele continuou: “pode passar, você pode tudo!”.
Eu acreditei!
Posso mesmo! (Mas na verdade eu já sabia disso, nenhum dado novo...)

Um bom filme para assistir: Os desafinados. Sem muita pretensão, com os sonhos da juventude (e a saudade dos sonhos da juventude). Todos tiveram ,tem ou terão...
Um filme bom de ver (Rodrigo Santoro, Selton Melo, Cláudia Abreu...)
Com um pouco da nostalgia que fica quando os sonhos vão...

Eu posso tudo!
(Foi o moço que falou!)

;)


M.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Bubaloo uva (com cheiro de naftalina...)

bubaloo_01
Parece que minha semana começou hoje... A segunda-feira com uma cara de domingo... Passei o dia inteiro na cama, com uma dor de cabeça que só poder ter sido resultado de um tédio insuportável!
A sensação que eu tenho é que o domingo se estendeu até ontem... quando começou a ceder e dar lugar as outras coisas que existem para além dele!
Tive um sonho extremamente nostálgico essa noite... acordei com o cheiro de 1996 em volta... Tão bom quando se tem 16 anos... (eu tinha 16 em 1996??? Quem disse isso???).
Agora parece que tudo tem um peso diferente! Por mais que não tenha peso nenhum... Por mais que se esteja fazendo algo prazeroso e leve, mas tem um certo peso diferente que quando eu tinha 16 anos, pois por mais pesado que fosse parecia sempre leve... e com um colorido meio amarelado-tipo-fim-de-tarde!
Pra falar bem a verdade, eu gosto mais de mim agora! Porque parece que sou mais sincera, até quando minto! Porque as verdades agora não precisam ser aceitas por toda a humanidade, ou tão pouco precisam existir!
Mas é que às vezes bate essa saudadezinha de quando eu tinha 16 anos, e minhas amigas moravam bem ali do outro lado da rua e a gente ficava junta o dia inteiro, sem fazer nada, chupando chiclete, vendo filme ou falando besteira (ou mal de alguém)... às vezes falando sobre a insustentável leveza do ser ou sobre a existência dos seres na superfície de um planeta que se sustenta no vácuo que é o Universo...
Lembro de um dia que eu comprei um bubaloo de uva, (e nesse dia eu não tinha ainda 16 anos, tinha 15!) eu e minha amiga, era um pra duas... cara! Esse bubaloo rendeu uma semana, a gente guardava na geladeira... o incrível é que o danado não perdia o gosto de uva!
Pensando bem, parece que as coisas não são tão gostosas como eram antigamente... O chocolate batom, por exemplo, era um manjar! O Chambinho então... hoje o chambinho vem com uma gosma por cima, um líquido amarelado, parece até lágrima... (será que ele tá chorando porque o tempo passou pra ele também?)
Enfim... o bubaloo não é mais o mesmo, eu também não sou mais a mesma...
(Será que ainda tenho o mesmo sabor?)
A minha amiga, a do Bubaloo, chega sexta-feira aqui em Natal, é sempre muito bom encontrar com ela, porque tem coisas que o tempo não muda, e, tipo, fora o chiclete, quando a gente se encontra é sempre... ficar juntas o dia inteiro, sem fazer nada, vendo filme ou falando besteira (ou mal de alguém)... às vezes falando sobre a insustentável leveza do ser ou sobre a existência dos seres na superfície de um planeta que se sustenta no vácuo que é o Universo...

;)

M.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Doce (e macia) loucura...

me
Quando eu pensei em fazer um blog não quis que fosse mais um blog de poesias... queria mesmo que fosse um espaço para expressar várias coisas... minhas... sobre tudo ou nada... pedaços de coisas que compõe este mosaico... Bem... mas esta poesia é uma das que eu mais gosto. Fiz em um momento muito especial... Quando abracei minha loucura, e ela era doce, e macia... enfim... um pouco de mim, em verso...

Me alimento de mim,
de meus sorrisos e lágrimas
de cada passo que dou
em direção ao tudo, ao nada...

Me alimento de meus erros
que são sempre tentativas.

Me abraço, me aqueço
me esqueço, me desfaço...

Me largo do alto

Vôo ou caio

Saio,
Fico em mim e procuro uma chuva
- tempestade -
em que me abrigo em meu umbigo
e onde sou sol e lua.

Sou só minha e tua
Sou nós
Desato nós...

Sinto fome, medo, cansaço...
alegria, esperança...
Sou uma dança
no espaço...

Sou paixão e vinho em minha pele...
Sou a lâmina que fere!
Sou saudade...

Quero colo e carinho.
Quero segurar minha mão
no caminho.

Quero perder-me pela estrada
quero sair pela entrada...
Me espalhar na escada
de teu condomínio...
Quero perder o domínio!

Louca, quero beijar minha boca!

Viajar comigo...

Voar, correr, viver, sentir!
Amar, saber, morrer, surgir!


M.

Chuva & Destino

chuva
Ontem, antes de dormir, fiquei pensando sobre essa coisa do destino...
Mas o que é mesmo isso?
uma coisa que vai acontecer e pronto?
uma fatalidade então?
vejamos:

s. m.,
concatenamento supostamente necessário de factos e suas causas;

fim pré-determinado que orienta as acções e os acontecimentos na vida dos homens;

fatalidade;

sina, sorte;

futuro, porvir;

fim, aplicação a que se destina alguma coisa;

lugar onde alguém se dirige ou onde se manda ou se deve entregar alguma coisa;

direcção, rumo;

propósito, tenção.

Sei não... É um substantivo absrato, não é?

Me lembrou Nietzsche em seu livro Ecce Hommo, há um capítulo que se chama: Porque sou um destino. Fui ler de novo... ("Não sou um homem. Sou dinamite". Isso é que eu chamo de destino!)
Hoje amanheceu chovendo, eu nem lembrava mais o quanto eu gosto de chuva.
Da cor do dia de chuva, do som da chuva, do cheiro da chuva, da água da chuva, da chuva da chuva...
A chuva caindo faz a gente pensar nessas coisas de destino.
Um dia (de noite) eu entrei na internet (já fazem seis anos), num bate-papo (foi a primeira vez que eu entrei em salas de bate-papo, não sou muito chegada), era um programa que tinha antigamente, se chamava MIRC. Nesse dia, por acaso, conheci algumas pessoas. Algumas delas fazem parte de minha vida até hoje. Por uma fatalidade. Simples assim, como um enter!

(...e a chuva
vem pequena e grandiosa
acalenta
ou revira o nosso lar

e a chuva
com o seu sonho de água
vem acesa
pra lavar o que passou

a chuva nunca para de cantar
a chuva nunca para de descer...)

P.s. Espero que o Destino me reserve boas coisas pra 2009, mas de qualquer modo vou eu mesma providenciar!

;)


M.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Universo e palavras

disc-interna
Mais uma conversa (pós-moderna) com meu melhor amigo (http://www.espacoacademico.com.br/035/35eraylima.htm)
(estre neste site acima e leia para entender o pós-modernismo):

- Tem uma coisa no universo que foge à minha lógica.
- o quê?
- esses planetas todos flutuando no vazio, sem cair...
- Mas o que é o vazio?
- sabe de que palavra eu gosto? Because, é inglês.
- pois eu não gosto de nenhuma palavra.
- nenhuma?
- Não...
- nem paixão?
- não mesmo. Paixão era o nome de uma vizinha de quando eu era criança, ela era gorda e usava um colar dourado no pescoço, com um pingentinho, ela era sorridente, mas não era alegre.
- sei...
- acho que eu gosto de México, tem ritmo, né? Me-xi-co... Balança, é vivo. Eu gosto.
- eu acho a palavra acadêmico forte.
- não mesmo. Acadêmico é quebrado, fraco, fragmentado. Forte é sabedoria! É redondo.
- e arte? É forte né?
-também não. Arte é gasoso, fluido demais, fugidio...

Isso tudo no trânsito, em pleno meio dia...
Eu estava morrendo de saudade do meu amigo...

M.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Vazio e fumaça...

cigarro
Sábado fui a um jantar com uma amiga de muito tempo. Eu sabia que o tal jantar não ia ser lá essas coisas, fui mais pela companhia dela... Dito e feito... Um monte de gente que eu não conhecia... Eu tinha acabado de assistir Frida (pela terceira vez), ah! E a trilha sonora da festa também não era das melhores... (imagine o créu e todas as coisas parecidas...).
Fugi para o carro, fui terminar de ler um conto do Caio. Senti falta de um cigarro. Não entendo muito bem, mas tenho certeza que o cigarro consegue preencher um vazio que a gente não sabe como. Só não sei mesmo é como ele consegue fazer isso!
Ninguém na festa fumava (vi, de longe, um cara fumando, mas não quis ir lá pedir um cigarro assim, de cara... Achei melhor curtir o vazio).
Ontem, nostalgia total... Duas amigas (grandes amigas) do tempo do segundo grau... Saímos juntas, brincamos num parquinho... Faltou só uma, que está do outro lado do Oceano... Saudade...

Incrível mesmo a coisa do cigarro... Fiquei só pensando... Como é que ele consegue preencher um vazio que vem tão de dentro com fumaça?

:P

M.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Mar calmo...

praia
Ontem acordei super cedo (5 da manhã!), quando cheguei em casa (tipo umas 4 da tarde) resolvi dar um cochilo antes de ir para a academia (eu tinha esquecido como eu odeio dormir durante o dia, quando eu acordo tenho a sensação de que estou no meio da madrugada, zanzando como um zumbi, cabeça pesada, olhos ardendo, cara inchada, cabelo arrepiado e vontade de não fazer nada além de ficar deitada!).
Quando acordei, eram umas quatro horas da tarde, fiquei zanzando como um zumbi, com a cabeça pesada, olhos ardendo, cara inchada, cabelo arrepiado e vontade de não fazer nada além de ficar deitada. Mas levantei, tomei um banho, comi alguma coisa e finalmente, deitei de novo, fiquei com aquela sensação de insônia...
Minha cabeça, como sempre, pensando mil coisas ao mesmo tempo. Aí surgiu uma questão:
- E aí, você gosta de praia?
- Gosto.
- Gosta mais do mar calmo ou com ondas?
- Hum... depende...
Não é assim? Comigo é. Às vezes gosto de ondas, mas não é sempre... Ontem eu responderia:
- Gosto mais é do mar calmo, ficar boiando... braços abertos, cara pra cima... flutuando, vezenquando uma ondinha de nada... só pra balançar...
Aí pensei:
Amor e paixão (duas das coisas que me movem)
Amor = mar calmo (com ondinhas vezenquando)
Paixão = Ondas no mar
Claro que tem dias que a gente quer mais é um mar com ondas, pra mergulhar, pegar jacaré, agitar...
Mas, sabe, eu estou mais na fase do mar calmo mesmo...
Ah! E preciso lembrar disso: Odeio dormir no meio do dia!!!
P.s. Acabei não indo para a academia!
:(

M.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Fogo na Terra

fogo
Decidi!
2009 é o meu ano, o ano do Fogo!
Do Fogo na Terra...
(Leão e Virgem - Ascendente e signo, não que eu acredite nessas coisas...)
Acabei de chegar da academia de musculação, fiz minha matrícula... Começo hoje mesmo!
O carnaval vai ser em Olinda!
Escreverei o primeiro texto de minha dissertação ainda em janeiro.
Sem falar na viagem ao País das Maravilhas... (Também em janeiro).
***
Acordei no meio da noite com os sonhos se degladiando dentro de minha cabeça... Não sei como consigo dormir com tanta coisa acontecendo em minha mente...
(Aquele batuque de tambor...)
Acordei e decidi conduzir meu sonho, consegui.
(não é sempre que eu consigo)
Coloquei quem eu queria no meu sonho, as coisas estavam acontecendo mesmo da maneira como eu desejava...

(um parêntesis, para Pessoa...)

Durmo. Se sonho, ao despertar não sei
Que coisas eu sonhei.
Durmo. Se durmo sem sonhar, desperto
Para um espaço aberto
Que não conheço, pois que despertei
Para o que inda não sei.
Melhor é nem sonhar nem não sonhar
E nunca despertar.

(Fernando Pessoa)

Mas o Sonho Lúcido nem sempre segue o curso de nosso desejo, não é mesmo?
Mas acordei para uma realidade que ainda depende de mim, e decidi isto:

2009 é o ano do Fogo na Terra!

;)

M.