terça-feira, 23 de novembro de 2010

Amo...



Eu amo a vida simples que ele me oferece
Amo quando andamos nas ruas e as suas mãos procuram pelas minhas
Amo o calor da sua pele
O peso de seu corpo, o jeito que ele me olha
O som de sua voz chamando meu nome

Eu amo quando ele me transforma em versos
Amo quando não mede distância
Quando trás água para matar minha sede
Quando se embala comigo na rede

Eu amo o jeito que ele anda
Amo quanto toca um samba
E quando ele diz que me ama...

Amo!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Uns dias...



Quando a vida da gente vai se indo, e os dias vão se passando,parece que é quando a gente percebe que não podemos ficar assim tão distante de nós mesmos...
Por vezes a vida nos leva a caminhos tão diferentes do que queremos, e quando decidimos voltar nos nossos passos para ver se encontramos ainda algum resquício do que somos, nos perdemos na estrada...
Mas tive sorte, tenho muita sorte, apesar de ter ido tão longe e achar que nunca mais eu poderia ser eu, ou estar em mim, hoje estou e sou o eu que me satisfaz.
Rodeada de gente, com o riso (Souto) dentro de mim...
Ter coragem para sorrir não é tão fácil quanto parece, mas eu tenho...
Coragem para sorrir, para ir e vir, para partir...
Coragem para sonhar, para me apaixonar, amar e me entregar...
Sempre.

domingo, 17 de outubro de 2010

Cores e dores e amores

Cercada de vidas vazias
de sonhos acordados
penso se meu riso terá fim
quando a música parar de tocar
haverá dança em mim?
Eu, que danço no tempo, no vento, no espaço
que danço em teu abraço...
Vejo nos olhos daqueles que um dia voaram
o semblante da queda.
O cansaço do dia da vida vazia.
Tantas dores cercando os corpos
tantas cores anunciando mortos...
E a vida insiste, com novos amores e novas cores...
Que se espalham pelos cantos, que espalham prantos...
Que vem e vão mas nunca se cansam... Que como borboletas dançam... Quando saem do casulo e aprendem a voar...
Porque isso é a vida, voar e se apaixonar... cair e levantar...
Mas sempre voar...

M.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Indo...

"Na onda clara, estrada afora
O meu destino é agora
Aonde me levar a minha voz, eu vou..."

(Marisa Monte)

E eu vivendo a urgência de meus dias encantados...

M.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Caio

Quando faltam as palavras, caio.
A sensação da queda sempre volta, sempre caio.
Durante a queda me lanço, braços abertos...

Se minhas palavras não chegam, Caio:

"Somos inocentes em pensar, que sentimentos são coisas passíveis de serem controladas. Eles simplesmente vêm e vão, não batem na porta, não pedem licença. Invadem, machucam, alegram (...) " (Caio F. Abreu)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Poemas rupestres


Por viver muitos anos dentro do mato
Moda ave
O menino pegou um olhar de pássaro –
Contraiu visão Fontana.
Por forma que ele enxergava as coisas
Por igual
Como os pássaros enxergam.
As coisas todas inonimadas.
Água não era ainda a palavra água.
Pedra não era ainda a palavra pedra.
E tal.
As palavras eram livres de gramática e
Podiam ficar em qualquer posição.
Por forma que o menino podia inaugurar.
Podia dar às pedras costumes de flor.
Podia dar ao canto formato de sol.
E, se quisesse caber em uma abelha, era
só abrir a palavra abelha e entrar dentro
dela.
Como se fosse a infância da língua.

(Manoel de Barros)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Eu não sei se foi você que meu deu essa poesia,
e esse riso, mas deve ter sido...
Que mesmo que tenha ido, eu vivo...
E o riso, o teu, que me deu, ri em mim a cada lembrança...
Do teu passo, abraço, cada pedaço...
do riso que você me deu...

sábado, 28 de agosto de 2010

Modificar a tarde...

"O menino era ligado em despropósitos. quis montar os alicerces de uma casa sobre o orvalho (...) viu que podia fazer peraltagens com as palavras (...) Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela. O menino fazia prodígios. Até fez uma pedra virar flor". (Manoel de Barros)

Modificar a tarde...

"O menino era ligado em despropósitos. quis montar os alicerces de uma casa sobre o orvalho (...) viu que podeia fazer peraltagens com as palavras (...) Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela. o menino fazia prodígios. Até fez uma pedra virar flor". (Manoel Bandeira)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

DIONISIOS ARES AFRODITE



aos deuses mais cruéis

juventude eterna

eles nos dão de beber

na mesma taça

o vinho, o sangue e o esperma.

(Paulo Leminski)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Lama de morangos e chocolate


Quando foi que minha carne deixou de sentir a violência de um querer...
Um querer tão doce e ácido.
Constante.
Um querer que abraça a carne e tem sabor de morangos com chocolate.
E água.
Quando foi que a melodia começou a tocar em mim?
Eu nem vi quando a música acabou...
Mas eu estava caindo.
Quando foi que eu perdi o chão e a minha queda não teve fim?
Numa lama de morangos e chocolate,
Caindo...
E que me puxaram pela mão
E me colocaram no colo do céu.
Onde eu dancei e voei
E amei e queimei...

16 de agosto de 2010.

Fui acampar no fim de semana. E as palavras fizeram estes versos...

M.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Tempo pra que?

Ultimamente, já faz algum tempo, eu venho reclamando o tempo todo por não ter tempo para nada.
Ora, como não? Eu trabalho em dois lugares diferentes (coordeno uma escola da rede pública com mais de 400 crianças e oriento TCC de mais de 10 alunas do curso de pedagogia), cuido da minha filha, tenho amigos, tomo açaí regularmente, leio, ouço música, danço, escrevo em blog, cancelo orkut, faço twitter, olho meus e-mails todos os dias (três contas diferentes), assisto meus seriados preferidos (Barrados no baile e Friends), dirijo, pago minhas contas ( e quando a digníssima prefeita resolve suspender o meu salário porque eu não respondi o censo 2010, ainda tenho tempo de arrumar grana emprestada!) e cozinho de vez em quando (adoro minha comida), além disso durmo.
Tenho tempo sim... Mas eu queria mais. Preciso de tempo para organizar meu projeto de doutorado, e quero também viajar pra minha cidade natal (que não é Natal!!! Aliás, estou até começando a suportar melhor essa cidade). Queria mais tempo pra brincar com meus cachorros (5), e minha cadela deu mais cria de 7, (alguém quer??), queria mais tempo de brincar com meu cabrito e minha cabrita (adoro o cheirinho de fazenda deles)... Mas 24 horas é pouco, por que eu adoro dormir!!! E comer chocolate, e tomar vinho e ler poesia e ver meus amigos mais vezes, são tantos que eu não vejo a tanto tempo...
Saudade do tempo que eu tinha tempo, muito mesmo e não sabia o que fazer com ele e ficava o dia todo vendo o tempo passar, chupando o dedo deitada numa rede ouvindo Paralamas do Sucesso e fingindo melancolia, porque era legal eu ter 16 anos e ter uma melancolia vezenquando, porque era uma adolescente e se eu não tivesse um motivo sequer para sofrer, não faria sentido ter 16 anos!!!
Enfim, falta tempo sim, porque eu sempre quero mais!!!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Guerra e Paz

Feche a porta, esqueça o barulho
Feche os olhos, tome ar: é hora do mergulho...

"se queres paz, te prepara para a guerra"
"se não queres nada, descansa em paz"

(Gessinger)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Beijar na boca?

Bom demais!
Não sei se é o sabor, gosto de língua, gosto de boca, gosto de espelho...
ou se é o movimento, abrir, fechar, afastar, encostar...
Uma sensação de misturar-se, de sentir o dentro-fora de si e do outro, as mãos soltas...
A respiração que se junta, o não-saber quando acaba. O não-querer quando acaba.
Querer mais!
Adoro beijar na boca, com paixão... Com todas aquelas coisas da paixão. O fogo, o frio, o medo e a coragem... Tudo!

Não tem manual, é só começar... O risco que se corre e de não querer mais parar!

Eu lembro de minha angústia, quando, do alto de meus 12 para 13 anos ainda não tinha beijado e não "sabia" beijar (é que eu achava que tinha um jeito certo de beijar, sabe?)
E do alto de minha angústia, fiz uma chantagem com uma pessoa (que eu não sou autorizada a revelar), e disse que se ela me ensinasse a beijar eu lavava a louça de casa por uma semana e de quebra ainda dava de presente um Bubaloo!!! Aceitou na hora! Primeiro veio a aula prática, lembro exatamente das palavras de mestre:
"Você abre a boca e encosta na dele, se ele enfiar a língua na sua boca você chupa, se não, você enfia a língua na boca dele!"
Parecia fácil e um pouco nojento. Eu tinha que encontrar o menino no dia seguinte, ele me pediu em namoro e eu ia dar a resposta, queria dizer SIM, mas sabia que essa resposta deveria vir seguida de um beijo, e eis então minha aflição!
Depois da aula teórica implorei por uma aula prática. Foi tão rápido que nem deu pra saber se alguém enfiou língua na boca de quem ou se chupou língua de ninguém!
No dia seguinte, a resposta. Era aula de Educação Física e ele já tinha combinado comigo às 16h. Ele chegou e eu estava comendo biscoito, pensei: “Não vou beijar ninguém com a boca cheia de biscoito”. Ele foi direto ao ponto: “E aí? Pensou na resposta?” Eu já sabia a resposta, mas disse que estava em dúvida. Então ele simplesmente meteu o beijo na minha boca, com biscoito e tudo. E o pior, ele colocava e tirava a língua tão rápido que nem dava tempo de eu chupar a língua dele ou tampouco enfiar a minha na boca dele. Foi uma decepção total.
Uma sensação estranha de estar beijando um sapo. Que não virou príncipe. Dois dias depois “acabei” o “namoro” até então instituído graças ao beijo!
Depois desse outros se seguiram, teve um no portão, eu do lado de dentro e ele do lado de fora. Esse foi o primeiro “oficial”. Com o primeiro namorado “oficial”. Bom demais...
16 anos de experiência beijoqueira... O mais importante é: estar apaixonada...
P.s. Valeu Wendoca, não sei o que teria sido de mim sem você (ops!)

terça-feira, 29 de junho de 2010

Canção para Van Gogh

Canção para Van Gogh
(Cecília Meireles)

Os azuis estão cantando
No coração das turquesas:
Formam lagos delicados,
Campo lírico, horizonte,
Sonhando onde quer que estejas.

E os amarelos estendem
Frouxos tapetes de outono,
Cortinados de ouro e enxofre,
Luz de girassóis e dálias
Para a curva do teu sono.

Tudo está preso em suspiros,
Protegendo o teu descanso.
E os encarnados e os verdes
E os pardacentos e os negros
Desejam secar-te o pranto.

Ó vastas flores torcidas,
Revoltos clarões do vento,
Voz do mundo em campos e águas,
De tão longe cavalgando
As perspectivas do tempo!

No reino ardente das cores,
Dormem tuas mãos caídas.
Luz e sombra estão cantando
Para os olhos que fechaste
Sobre as horas agressivas.

E é tão belo ser cantado,
Muito acima deste mundo...
E é tão doce estar dormindo!
É preciso dormir tanto!
(É preciso dormir muito...)

Amsterdã, 5 de novembro de 1951.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Caindo...

"Uma viagem bem longa, para bem longe daqui, talvez resolvesse, se é que há mesmo algo para ser resolvido. Mas talvez a solução esteja na paisagem interna, não na externa. Talvez eu possa modificar aquela sem modificar esta. O que eu queria era modificar as duas, de uma só vez. Queria ter o que ver, quando olhasse dentro ou fora de mim".

Caio Fernando Abreu – Limite Branco


Lendo Caio, sempre caio... Já estou terminando este livro. Muito bom, com a toda a urgência da juventude, um romance escrito aos dezenove anos sobre o adolescer... Florecer... Ah... Caio, caio...

M.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

No palco



Como pode ser isso de eu ser atriz coadjuvante numa peça de teatro que nada mais é que a encenação de minha própria vida?
Melhor atriz! Mas, coadjuvante, sempre...
Uma sucessão de quase invade o palco.
E a luz sempre apaga um segundo antes do fim da cena.
Nem sempre aplausos.
Se ao menos alguma coisa acontecesse... Como pode ser possível? Um teatro sem ação?
Fim de cena.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Como se...



É como estar sozinha
não estando
É como estar calada
cantando
É como estar sorrindo
chorando...

M.

Estava com saudades de Caio, Hoje assiti uma boa peça de tetaro baseado em um de seus contos. "Além do ponto". Sempre caio...

terça-feira, 1 de junho de 2010

Antes e depois...

Uma voz suspensa
sono
respiração de véspera
pés que se tocam
os meus
os seus?
sonho

Sabe quando cai um pedaço de realidade
da parede do céu do seu sonho?



M.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Sobre pedras e castelos...

Em um trabalho de uma de minhas alunas da faculdade tinha um texto atribuído a Fernando Pessoa. Eu, como leitora que sou do poeta, logo desconfiei, nunca tinha lido isso em nehuma de suas obras (nem de seus heterônimos), mas de todo o texto, o que mais me chamou a atenção foi a bendita frase:
"Pedras no caminho? Eu guardo todas. Um dia vou construir um castelo."


Achei tão imagética, poética, uma coisa mais Florbela Espanca que Pessoa... Daí eu pensei: "Vou postar essas palavras no meu blog, mas antes deixe eu ver se acho o autor mesmo...".

Daí achei um sujeito virtual que, ao que me parece, foi o autor dessas palavras, como ele mesmo disse, entre Pessoa e Drummond...

Como a rede virtual é uma eterna captura, essas pedras e castelos agora são meus...

Uma outra frase, de um sujeito não tão anônimo, também me revela um pouco por hoje...

"Tô me guardando pra quando o carnaval chegar..." (Buarque)

P.s. O autor anônimo tem um blog (dentre outros espaços virtuais), seu pseudônimo é Nemo Nox. Pra quem quiser saber mais...


Por um punhado de pixels...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Quando as palavras faltam... (Sobre os saberes)

Que saudade das conversas superficiais e verdadeiras dos corredores da faculdade no intervalo
entre uma (J)aula e outra...
No fim, o que fica de melhor é o que escapa às cavernas de burocratizar o saber. Aquele produzido no gozo, aquele que não se encerra nas atas de reuniões com meia dúzia de burocratas, que se chamam educaDORES.
O que fizeram com os afetos?
Por que toda essa distância se são os corpos que ocupam (ainda) os espaços?
Ah! Sim! Que queimem todas as atas e ofícios e memorandos...
Que o fogo contamine os correDORES e que deles escapem apenas aquelas boas, superficiais e verdadeiras conversas, no fim é disso que senti (re) mos falta...

M.

domingo, 25 de abril de 2010

Poecura - Poesia e loucura



Eu não sei quem fez você enxergar
Cheirar pagar cantar ter cabelos
Ter pele ter carne ter ossos
Ter altura ter largura
Ter o interior ter o exterior
Ter um lado o outro a frente os fundos
Em cima em baixo
Enxergar
Como é que você consegue enxergar e ouvir vozes?

Stela do Patrocício

Stela do Patrocínio foi uma descoberta que surgiu ao longo do processo de montagem do experimento teatral "para acabar com o juízo dos corpos", montado por mim e com um grupo de amigos experimentatores, no ano de 2007. Trata-se de uma mulher que, aos vinte e um anos de idade é levada a um hospital psiquiátrico, onde viveu interna até os 47 anos de idade. Durante o movimento de Reforma Psiquiátrica, na década de 80, um grupo de estagiárias descobrem em Stela sua poesia, registrando-as em fitas cassetes. Em 2001 suas poesias são reunidas pela pesquisadora Viviane Mosé, que relaciona a força poética dos escritos de Stela com Artaud, ao passo que acende mais uma vez a discussão entre linguagem e loucura.


M.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Earth Day (apenas um dia...)

Em um único dia, milhares de ligações. Todas sobre as mudanças climáticas. Para quem? Ninguém menos do que para os governadores de seus países, estados e cidades.

A idéia do Earth Day é que o mundo inteiro faça o mesmo no dia 22 de abril, ou seja, pegar o telefone e cobrar os governantes por uma moratória da queima de carvão, pelo uso de energias renováveis e por construções mais eficientes.

Diversos eventos voltados ao meio ambiente aconteceram nesse dia ao redor do mundo. Nova Iorque, Tokyo, Buenos Aires, Sydney e Barcelona são alguns dos exemplos de locais onde poderão ser vistos shows e outros eventos voltados ao Dia da Terra.

Por que no dia 22 de abril? Foi nesta data que o senador estadunidense Gaylord Nelson fundou, em 1970, a comemoração no país para que a discussão sobre o meio ambiente se tornasse algo nacional. Denis Hayes, então estudante da Harvard, foi chamado para organizar os eventos. Nesse ano, cerca de 20 milhões de pessoas participaram das atividades. Hoje, acredita-se que aproximadamente 500 milhões de cidadãos de todo o mundo fazem algo pelo meio ambiente nessa data.

A mesma organização que promove as celebrações desenvolveu também o Global Water Network, um site para conscientizar o público sobre os problemas com a água e para gerar fundos e patrocínios para projetos de tratamento desse recurso e de ampliação do saniamento básico. O dinheiro arrecado, então, é destinado para Ongs da América do Sul, África e Oriente Médio.

Não se esqueça: no dia 22 de abril, pegue o telefone, ligue para os seus representantes e cobre políticas que ajudem o meio ambiente.


Bom seria se não esperássemos por um dia, que todos os dias fossem dias de pensar em nosso planeta, em nossa vida, em nós mesmos!
Mas as vidas dos personagens das novelas nos tomam mais tempo que isso... A vida real sempre em segundo lugar...

Só para pensar um pouco...

M.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Se(n/m) sa (n) ções


Parece que hoje foi ontem...

Tantas coisas aconteceram...

Não sei se foi a chuva...

Não sei se foi o calor da estiagem...

Tantas coisas esperando a palavra certa...

Mas as erradas não faltam...

Pairando, esperando, caindo, voando...

São tantas músicas que tocam desde meus 15 anos...

Hoje uma tocou muito... em mim...

Veio com a chuva, logo cedo...
E se foi agora, com as palavras roubadas (as erradas?)

Desde aquele dia
Nada me sacia
Minha vida tá vazia
Desde aquele dia
Parece que foi ontem
Parece que chovia

Desde aquele dia
Minhas noites são iguais
Se eu não vou à luta
Eu não tenho paz
Se eu não faço guerra
Eu não tenho mais paz
Não aguento mais
Um dia mais, um dia a menos
São fatais
Pra quem tem sonhos pequenos
Sonhos tão pequenos
Que nunca têm fim

(Humberto Gessinger)

domingo, 14 de março de 2010

Dia da Poesia!

VERSOS DE ORGULHO

O mundo quer-me mal porque ninguém
Tem asas como eu tenho! Porque Deus
Me fez nascer Princesa entre plebeus
Numa torre de orgulho e de desdém.

Porque o meu Reino fica para além …
Porque trago no olhar os vastos céus
E os oiros e clarões são todos meus !
Porque eu sou Eu e porque Eu sou Alguém !

O mundo ? O que é o mundo, ó meu Amor ?
O jardim dos meus versos todo em flor…
A seara dos teus beijos, pão bendito…

Meus êxtases, meus sonhos, meus cansaços…
São os teus braços dentro dos meus braços,
Via Láctea fechando o Infinito.

Florbela Espanca

segunda-feira, 1 de março de 2010

Fênix



Dos dias encantados
trago comigo
as mais doces lembranças
Do fogo que não apaga
Da Fênix que fui e sou
Não é saudade o que sinto
é um certo contentamento
Da satisfação de ser eu
Das vezes que dancei, e sorri,
e vivi, e voei...
Dos sonhos que me confundiam
a realidade
Do meu corpo que se desfaz
de tempos em tempo(s).

"Bota fogo no passado
no peito de quem tá vivo.."

Se é encantado o fogo não apaga
nunca!

M.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Davi, para você!

Quando li essa tirinha ontem (estava ajudando minha filha a fazer uma pesquisa da escola) lembrei na hora de meu sobrinho Davi... tenho que postar!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Faísca...



Entre tua voz e teu silêncio, uma fenda.
Converso com tua sombra e rio do teu riso – chove dentro de mim... Mas uma chuva mansinha de fim de tarde...
O peso de meu sono se transfigura pela lucidez do sonho.
Flutuo...
Caio!
Balanço de rede.
Nada estou.
(Faísca de fogo)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Chove...



Quando chove sou outra
sou chuva
sonho.
És real?
Por sorte tem chovido pouco
Mas são muitas de mim que caem e escorrem pelas calçadas.
São muitos risos teus
gotejando pela janela...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

2010: Ano da Terra!

Era uma lagoa. Azul. Enorme.
Eu. Ele. Minha filha. Irmã e cunhado. Meus cachorros.
A lua (cheia). Perfeita. Cruzou o céu sobre nossas cabeças.
Branco, com fitas (amarela e vermelha).
Fogueira (duas). Vinho.
O primeiro dia do ano foi um sol resplandecente!

Para 2010 poucos planos.
Terminar o mestrado.
Organizar o projeto de doutorado.
Talvez ir embora dessa cidade...
Ano da Terra.
Pés no chão (cabeça no infinito...)
Chão de estrelas???

M.