quinta-feira, 2 de abril de 2009

Borboletas na estrada

Dia desses eu vi uma borboleta ser atropelada no meio da estrada... como é que pode?
Já não bastava ver inúmeros gatos e cachorros esfacelados pelas ruas... Tamanho desrespeito. Onde é que o homem (esse animal que se acha racional) viu que tinha o direito de passar por cima de outros seres com suas máquinas potentes? (máquinas-próteses). Na verdade o homem quando está munido de qualquer outra máquina (que ele a tem como uma muleta) acredita que pode fazer qualquer coisa contra qualquer ser, seja ele um ser humano ou não. Fico triste pela borboleta, pelo gato e pelo cachorro. Mas também fico triste pelo homem que entra sem sentir em uma engrenagem gigante, tornando-se uma peça, dormente e demente, de um universo tão cheio de cores e sons e cheiros e sabores, que ele já nem sente mais...

P.s. : eu nem ia falar sobre isso, e nem me lembro mais sobre o que eu iria falar... mas quando começo a escrever as coisas vão tomando rumos que às vezes eu desconheço...

P.p.s.: uma pena que a borboleta, um bicho tão singular, leve, livre, tenha se tornado símbolo da politicagem dessa cidade(zinha). Tenho mesmo vergonha de fazer parte de uma cidade que elege esse tipo de gente para ser um “governante”!

M.


borboletas_b

7 comentários:

  1. tudo que não presta atenção é passado pra traz, ou "morto" como no caso do gato, cachorro, borboleta.

    INFELISMENTE, é assim.

    triste de qq forma.

    bjus. linda a imagem das borboletas.

    ResponderExcluir
  2. É muito mais cômodo não é mesmo?
    As pessoas sempre colocam esses pequenos-intrigantes-detalhes em um lugar inacessível ao sei próprio julgamento. Elas se compadecem quando o sangue espirra nelas...e o pior é saber que certas coisas tornaram-se banais, cotidianamente aceitáveis! (Acostuma-se com tudo, em especial nesta terra de ninguém!)
    Isso me remeteu a um dia que eu tava no ônibus e entrou um garoto de no máximo 6 anos...6 ANOS!!!! Vendendo jujuba (já via vários, mas tão pequeno?), fiquei observando as pessoas...nenhuma reação visível de deconforto, todas alegremente a tagarelar sobre suas "interessantes vidas"...e ele ficou deslizando entre um indiferente e outro...sem muito sucesso (devo acrescentar).
    A mesma indiferença dos que eles elegem...mas os mesmos estão muito ocupados em adornar suas continhas bancárias...:-(

    Amei seu texto.....

    Bjaum...

    ResponderExcluir
  3. DJEFF (Jefferson Melo)5 de abril de 2009 às 18:18

    Escreves com alma, o que se enxerga em letras...
    É lindo ver a vida da paisagem de tua janela!
    O exato, o desconhecido, o abstrato...
    Você tem uma visão superior do mundo. A sensatez exata diante da vida. E aquela desrazão da paixão, em boa medida. O poder de conquista... A lúcida loucura, que dança acima da lei. As cores e os sonhos, a matéria viva, pulsante. Simples e multicolor, inteira.A sensação de uma chuva no fim de uma tarde, a aliviar o calor... Uma energia contagiante! Quem dança diante da dureza do mundo.

    E quem pode não te amar nesse mundo? :)

    ResponderExcluir
  4. Pois é. O mais irritante não é que o homem mata apenas os seres, mas em seus devaneios megalomaníacos, os transformam em símbolos da sujeira que fazemos. Boa reflexão. Parabéns!

    ResponderExcluir
  5. oi gostei do trabalho de vcs adorei.
    , pessoa que le,e parece que é coisas ou ate historias que fazem parte de cada um de nos,muito bom ......
    obrigada pela atenção.
    obs: na vida sempre teremos criticas de tudo que nos submetemos fazer.

    ResponderExcluir
  6. Show....
    !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Sem comentários!!

    ResponderExcluir