quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Sobre a morte...

Ela entendeu que não tinha mais medo de morrer. Tinha mais curiosidade. Seria um sono?  Será que se sonha?
De repente ela percebeu que o medo da morte vinha junto com o medo de causar sofrimento nas pessoas que ela ama,  em caso de sua morte.
E começou a pensar que não saberia nunca lidar com a morte dos seus queridos...
E desejou o infinito.
Mas quando desejou,  o vento batendo forte em seu rosto, ela na garupa de uma moto...
Quando desejou o infinito, imediatamente lembrou que estava desejando o impossível.
Então ela pensou na morte de novo.  E no quanto seu corpo não teria voz depois de morto. E então ela desejou apenas que, em caso de sua morte,  sejam doados todos os órgãos possíveis de seu corpo... e o que restar que vire cinza... pó... e nada...
Mas que seja jogado ao mar... na praia onde está a Iemanjá. É  lá que ela quer estar... nas ondas do mar...  nesse vai e vem infinito e possível...
M.

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