quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Da clausura do fora ao fora da clausura



Nunca uma clausura voluntária foi tão saborosa. Dias e noites a fio, desejo o calor das paredes que me aprisionam e que me sustentam em uma rede em que me balanço tão alto e tão suavemente.
Vôo dentro de meu cárcere. E durmo quando quero.
Não há cadeados fechados e ainda assim uma chave repousa bem à minha frente.
Uma música toca, quando eu quero, e quando não quero ouço o barulho do vento batendo nas árvores e carregando folhas que caem secas no chão.
Se isso é tédio, me parece bem interessante por esses dias...
Esperar por um vento que sopre e me faça sorrir... a rede balançando pra lá e pra cá...
No momento nenhuma música toca, só o vento e o sorriso em mim...
(Sinto vontade de cheiros)

4 comentários:

  1. nas minhas férias, vou ficar um mes inteiro em casa.
    vontade de todas as coisas que consideramos sem importância..
    vontade de programa em canal aberto, seriado americano, e comida quente todo dia.
    vontade de faxinar e sentir cheiro de casa limpa.
    vontade de dormir até tarde entre dois amores possíveis - sasuke pan e Davi.

    sei bem o que é isso, Ruiva.
    mesmo estando carente há tempos...

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  2. kkkkkkkkkk........realmente se parece,fiquei todo negoçado.......saudades!
    te amo!

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  3. Pois é, já fui muito adepto dessa clausura. Eu adorava isso! Mas acho que hoje em dia me desacostumei. Deve ser a ausência do vento que não entra mais aqui. Mas penso em terminar um novo projeto literário. Então, nas férias, penso em "hibernar". Só espero que chova bastante ou que o vento entre de vez em quando aqui neste quarto abafado onde passei os últimos cinco dias sem ver nem ouvir a voz de ninguém, a não ser quando ligavam por engano. Mas quem precisa de telefone quando a clausura é aconchegante?...

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  4. Adoro isso!! Na verdade, vivendo isso... =)

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