segunda-feira, 27 de abril de 2009

Um quebra-cabeça

puzzleEsses dias resolvi organizar um pouco da minha bagunça (contradizendo tudo o que falam sobre os virginianos, organização não é o meu forte!) e comecei pelas centenas de fotos que eu tenho... Comprei dois álbuns e tentei organizar por ordem cronológica... Revisitei os melhores momentos de minha vida... Revi pessoas que há tanto não vejo, e outras que não verei nunca mais... Senti no ar o cheiro das coisas que se vão e na boca o gosto das coisas que ficam...
Nesse reorganizar a minha história senti falta de algumas fotos... Era como se eu estivesse montando o quebra-cabeça da minha vida, mas estavam faltando algumas peças... O que tornou ainda mais difícil a minha empreitada... Mas algumas peças estão lá, e apesar dos espaços vazios, eles dizem muito mais do que qualquer outra coisa, consegui organizar minha história cronologicamente em tempos analógicos... Sim, porque as fotos digitais não estão nos álbuns (ainda...) No meu próximo acesso de organização eu revelo as digitais e reorganizo, mais uma vez esse quebra-cabeça com as peças novas, e com as que ainda vão chegar...

P.s. Como é que ficou "quebra-cabeça" com essa história de Nova Ortografia? Pra quê mesmo isso? Ainda não entendi... Os motivos ainda não me parecem suficientes para que eu tenha que (do alto dos meus mais de vinte e poucos anos) tenha que, obrigatoriamente, esquecer tudo que aprendi para aprender tudo de novo!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Sobre apaixornar-se...

apaixonar-seNão apaixonar-se é a dor de não sentir dor.
A paixão é o lugar dos sabores, cítricos, doce, amargo...
Não sentir esses sabores é... não sentir.
Não sentir os dedos dos pés, inquietos, ansiosos, pela incerteza do porvir e pela certeza da finitude.
Não sentir os dedos do outro tocando, ao acaso, o seu cotovelo, e você nem lembrava que tinha cotovelo... até sentir o toque dos dedos do outro...
Não apaixonar-se é não sentir o seu cotovelo. É não sentir os dedos dos pés. É não sentir o gosto cítrico, doce, amargo...
Não sentir, para mim, é não existir...
Paixão, para mim, é pele. E sou toda pele...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

...e Ponto Final!

maeQuantos pontos finais cabem em um dia? Em uma vida toda? Quantos?
Certa vez conheci um. Ponto final. Sério. Mas sério só de longe, porque de dentro ele era engraçado. Não muito. Mas era doce. Só que o ponto final virou reticências... Essas coisas que parecem inacabadas e não precisam ser de outro jeito porque se não é um ponto final pode ser uma vírgula ou interrogação ou exclamação ou... Reticências mesmo... Agora Reticências eu já conheci algumas... São leves... e brancas. Um branco não muito alvo, mais pra o cinza mesmo. Mas um cinza leve, um cinza de um dia amanhecendo um pouco nublado. Tá, também conheço algumas interrogações e vírgulas, não são as minhas preferidas... Agora tem uma exclamação que eu conheço... vou te contar... vale a pena conhecer... porque é ímpar! Uma coisa de impor de um jeito que é impossível não gostar (nem que seja um pouquinho) de ceder... e olha que ceder nos dias de hoje é algo raríssimo... Ninguém consegue sequer ceder a vez numa fila de banco, imagine qualquer outra coisa... Vi um filme esses dias (Marley e eu, valeu mana!) e fiquei pensando sobre o fato de alguém abrir mão de sua vida profissional em virtude de ser mãe. Deixar a correria de estar numa vida que não é a sua (na maioria dos casos), para viver uma outra correria, com seus filhos e sua casa... não sei se eu mesma, a esta altura do campeonato, possa refazer o percurso e tomar outro caminho que me conduzisse a estes fins (que são outros)... Engraçado como eu estranho essa mudança... Pouco tempo atrás o que mais se esperava de uma mulher senão que ela pudesse ser uma mãe presente, uma dona de casa exemplar, etc, etc, etc... Mas quem cuida da minha casa hoje? E como? Quem cria meus filhos? Muitas mudanças e em tão pouco tempo... Minha avó era do tempo da: casa, filhos e marido. Minha mãe era do tempo: trabalho, casa, filhos e ex-marido. Parece-me que eu sou do tempo: trabalho, filhos, estudo e namorido... Quantos pontos finais cabem na nossa vida inteira?

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Amar!

florbelaEu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

Florbela Espanca

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Semana o quê? Santa? Santa Paciência...

Pleno feriado de semana santa (algo que eu acho realmente um abuso, decretar um feriado por uma crença que nem faz parte da vida da pessoa, alguns adoram ter o fato de um feriado, no caso um feriadão, eu mesmo nem gosto muito de feriados, já me basta o sábado e o domingo...)
Aquela quase-dor-de-cabeça resultado de um cochilo no meio da tarde...
Assisti 'Mamma Mia!', Meryl Streep, realmente está fabulosa... O filme nem tem um roteiro muito bom e eu nem sou fã do ABBA nem nada mas a energia da Maryl está contagiante mesmo... Acho que foi o melhor filme com ela que eu já vi (mas na verdade lembro de pouquíssimos filmes com ela). Bom mesmo é ver qualquer filme que seja na melhor companhia de todas: Minha filhota!

Terminou o filme e aquela sensação de fim de dia com a quase-dor-de-cabeça insistindo e um pouco de insônia e vontade de fazer qualquer coisa que não se sabe bem o quê. (A filhota adormeceu. Acho que nem viu o filme todo).
Internet – a companheira das madrugadas solitárias... o problema é: eu não sei o que fazer com isso. Até comentei com um amigo:

- Entro na net, olho o orkut, olho o blog, olho o e-mail e pronto. Acaba o que fazer... não sei o que fazer na net... saco isso! Até entro no msn às vezes, mas num tenho muito saco pra bate papo, prefiro ao vivo mesmo, ficar falando pela net é um saco, olhando pras teclas separadas, divididas, uma letra em cada botão... aff! Prefiro as letras juntas saindo junto com o movimento que embala cada som, cada palavra com cada expressão!

Resolvi, do alto da minha insônia (que já está se esgotando), apagar do meu orkut aquelas pessoas que eu nem sei quem é direito, que nem falam comigo por orkut ou pior, passam por mim na rua e nem cumprimentam! Mas é esquisito... apagar uma pessoa assim, da sua “lista de amigos” que diga-se de passagem conta hoje com mais de 500 pessoas... Mas não é que minha paciência se esgota? Louvada seja a internet discada (a minha), daqui que eu veja de um por um esses mais de 500 “amigos”... De-sis-to!

Vou é dormir... (Deve ser TPM!)

M.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Lembranças de um lobisomem juvenil...

Se o mundo é mesmo parecido com que vejo
Prefiro acreditar no mundo do meu jeito
E você estava esperando voar
Mas como chegar até as nuvens com os pés no chão?

(Renato Russo)nuvens01

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Borboletas na estrada

Dia desses eu vi uma borboleta ser atropelada no meio da estrada... como é que pode?
Já não bastava ver inúmeros gatos e cachorros esfacelados pelas ruas... Tamanho desrespeito. Onde é que o homem (esse animal que se acha racional) viu que tinha o direito de passar por cima de outros seres com suas máquinas potentes? (máquinas-próteses). Na verdade o homem quando está munido de qualquer outra máquina (que ele a tem como uma muleta) acredita que pode fazer qualquer coisa contra qualquer ser, seja ele um ser humano ou não. Fico triste pela borboleta, pelo gato e pelo cachorro. Mas também fico triste pelo homem que entra sem sentir em uma engrenagem gigante, tornando-se uma peça, dormente e demente, de um universo tão cheio de cores e sons e cheiros e sabores, que ele já nem sente mais...

P.s. : eu nem ia falar sobre isso, e nem me lembro mais sobre o que eu iria falar... mas quando começo a escrever as coisas vão tomando rumos que às vezes eu desconheço...

P.p.s.: uma pena que a borboleta, um bicho tão singular, leve, livre, tenha se tornado símbolo da politicagem dessa cidade(zinha). Tenho mesmo vergonha de fazer parte de uma cidade que elege esse tipo de gente para ser um “governante”!

M.


borboletas_b